segunda-feira, 27 de agosto de 2012

BECO SEM SAÍDA!




Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que voltem, e que se acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em frente dele assentareis o campo junto ao mar. Êxodo 14.1-2

          O fato de Deus falar com Moisés evidencia o grau de intimidade que havia entre eles. Cada passo daquela jornada liderada por Moisés, rumo à Terra Prometida seria dirigido pela inequívoca Palavra de Deus a ele.
          Quando o povo hebreu saiu do Egito, em uma determinada parte do caminho, Deus mandou que os filhos de Israel voltassem e acampassem em um lugar onde ficariam cercados entre as montanhas, o mar e o exército egípcio. Situação que os deixava, literalmente, em um beco sem saída. O curioso é que eles já haviam passado por aquele lugar, ainda assim Deus ordenou que retornassem e se instalassem ali. Uma ordem aparentemente sem lógica alguma. Mas é que na “agenda” de Deus, ainda havia um mar para ser aberto, o que não poderia acontecer se eles estivessem em um lugar diferente daquele.
          Caminhando um pouco mais sobre o texto, percebemos no versículo 10 do capítulo 14 do Livro de Êxodo, a situação e a reação do povo ao cumprir aquilo que fora ordenado por Deus. “E aproximando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então os filhos de Israel clamaram ao SENHOR”, Êx. 14.10.
          O que o povo sentiu ao olhar para os lados, para frente e para trás e ver o exército egípcio? Medo. Diante dessa situação o povo se reportou ao passado e viu seu poderoso e imponente inimigo, avançando impiedosamente sobre eles. 
          Nem sempre as orientações e estratégias divinas para uma batalha nos farão sentir seguros e, nesses momentos, o medo pode tomar proporções alarmantes e superar nossa fé. É importante lembrar que esse mesmo povo, experimentou e presenciou feitos e milagres extraordinários que Deus realizou, contudo sentiram medo. O fato é que embora livres, interiormente sentiam-se ainda escravizados. Escravizados pelo medo, pelas circunstâncias, pelos inimigos... Reféns das suas próprias emoções, prisioneiros dos seus medos.
          Não é diferente conosco. Quantas vezes enfrentamos situações tão adversas, olhamos para todos os lados e não achamos saída, sentimo-nos exatamente como aquele povo: acuados, como que em um beco sem saída. Então clamamos a Deus desesperadamente, buscando encontrar forças, sabedoria, direção e solução. Em Sua infinita graça e misericórdia, Ele nos responde oferecendo alívio. Retomamos a caminhada e, ao surgirem os primeiros obstáculos dessa nova trajetória, ficamos paralisados, indecisos e vulneráveis. Em alguns momentos até, preferindo aquelas antigas e conhecidas angústias, ao invés dos novos e desconhecidos desafios.
          Nossas emoções são traiçoeiras, por isso é preciso cautela. Elas podem nos aprisionar no passado, nos tornar inseguros no presente e céticos quanto ao futuro. Portanto, quando estivermos em situações semelhantes, cercados por todos os lados, sem recursos e literalmente num beco sem saída, olhemos para o alto e esperemos confiantes, porque algo novo e extraordinário irá acontecer.  “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor...”.  Sl 121.2
          Não nos esqueçamos das palavras de Moisés: “Não temais; estai quietos, e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver”, Êx 14.13. Quando Deus age, é assim: o imenso e intransponível Mar  Vermelho torna-se o mais excepcional e seguro caminho que nos conduz ao livramento e a conquista de Suas promessas para a nossa vida.

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